domingo, 12 de junho de 2011

O que é A vida terrena ?

Uma escada imaginária.


Esta vida é uma escada

Bem custosa de subir

Para alguns bem inclinada

Para outros a cair.


Há ainda uns outros tantos

Com outra designação

Sobem-na cheios de encantos

Com bastante protecção.


Com protecção bem visível

Que se vê a toda a hora.

Nem sempre admissível

Aos que pensam estar de fora.


Como são designados

São sortudos a valer

Esses são abençoados

É frequente ouvir dizer.


Mas deixai-os caminhar

Que também os seus pecados

Quando a hora chegar

Ser-lhe-ão descontados


Outros ainda também

Que não chegam a subir

Coisas que o mundo tem

Que não dá para discutir.


Não dá para discutir

Este mundo é mesmo assim

Só quem a escada subir

Aceita a palavra fim.


Se bem que a palavra FIM

Segue ao longo dessa escada

Todos queremos mesmo assim

Subi-la bem inclinada.


Mas se o pé nos escorrega

Ou a escada se tombou

Não há ninguém que nos pega

Foi o fim que nos pegou.


Ma se o pé escorregar

E nos agarrarmos com firmeza

Mesmo a escada a tombar

Seguramo-nos de certeza.


Muitas vezes é terrível

Aguentarmos ir subindo

À medida do possível

Vai-se chorando vai-se rindo


Com um dia atrás do outro

Seguimos a caminhada

Para levarmos a bom porto

A missão que nos foi dada.


Quer se queira quer não queira

Esta é a nossa missão

Quem pensa de outra maneira

Lá tem a sua razão.


Vamos pois acreditar

Que para o mundo ser perfeito

Nunca devemos pensar

Todos do mesmo jeito


E os que a escada nunca viram

Isso é bom ou é mau

Para os que a escada não subiram

Nem o primeiro degrau


A pergunta vai ficando

Ninguém sabe responder

As gerações vão ficando

Assim é que tem de ser.


O que é a palavra fé

O que é a palavra esperança

Eternidade o que é?

Como é que se alcança?


Pergunta que fazemos

Mas fazemos por fazer

Resposta não obtemos

Nem iríamos entender.


Quando o Mundo se formou

Há muitos séculos atrás

Alguém nos ensinou

Que só Deus era capaz.


Diz-se que Deus disse

E continua a dizer:

- Não façam trafulhice

Que eu estou no alto a ver.


Devemos acreditar

Com mais ou menos Fé

Que alguém está a comandar

Sem nos vermos o que é.


Pomos a vida na mão

Para gerirmos bem gerida

Cabe a nós a solução

De uma má ou boa vida.


Deu-nos paz e alegria

Se a soubermos conquistar

O pão nosso de cada dia

Se o soubermos cultivar.


Dá-nos a escada segura

Mesmo que seja inclinada

Dá-nos a vida futura

Mas só depois da passada.

o que e a injustica

O que é a injustiça ?

Uma bebida muito amarga e custosa de engolir.

A injustiça é amarga

E custosa de engolir

Considerada uma praga

com tendências a subir.


Se a injustiça o brindar

Não lhe dê muita atenção

Ela gosta de atacar

Onde não tem razão.


O mundo aceitou ser mundo

Mas impôs a condição

Para nunca ir ao fundo

Uns empurram outros não.


Este mundo não se fez

Ele só se iniciou

Veio depois a mesquinhez

E foi assim que o deixou.


Logo veio a injustiça

Também quis o seu lugar

É o fruto da cobiça

Que de muitos é manjar.


Até Deus que era Deus

Muita injustiça passou

A homens e fariseus

Nem a todos agradou.


Deus a todos ilumina

Só alguns não querem ver

Mas a justiça divina

Há de um dia aparecer


domingo, 5 de junho de 2011

O que é O sexto sentido ? Um bónus feminino.

O que é O sexto sentido ?

Um bónus feminino.


O tal sexto sentido

Que às mulheres foi confiado

Onde o homem foi excluído

Sentindo-se rebaixado


Pois o homem não entende

Que o bónus é feminino

Daí se depreende

Porque arma desatino.


É que o homem queria Ter

Quer de noite quer de dia

A força e o poder

E também a sabedoria

.

Mas o tal sexto sentido

Que o homem não aceita

Que a mulher traga consigo

Por vezes não a respeita

.

Quer ser o sabichão

Não conseguindo alcançar

Se ele não tem razão

Ninguém lhe a pode dar

.

Fica às vezes furioso

Chega a fazer chantagem

Só porque é orgulhoso

E se sente em desvantagem.


Mas o homem lá no fundo

Nunca é tão mau assim

Desde o início do mundo

Há de ser até ao fim.


Porque o homem quando quer

Também sabe perdoar

Não é igual à mulher,

São maneiras de pensar.


Há homens que pensam em pleno

Outros só têm músculo

Há homens de h pequeno

E outro de H maiúsculo.


Mas a mulher na verdade

Vê as coisas de outro jeito

Chega a ver qualidade

Onde só há defeito.


Tem maior capacidade

Mais poder de solução

Tem um pouco de vaidade

Porque é mulher pois então.


Também sabe ser modesta

Quando precisa de ser

Sabe ver o que não presta

E tem um grande poder.


Porque ela quando quer

Tem um poder que espanta

Quantas vezes a mulher

Faz milagres sem ser santa.


O que dá o sexto sentido

Acreditem que é verdade

Quem o tiver possuído

Dá-lhe mais sensibilidade.


Por isso mulheres de bem

Mostrem o sexto sentido

Mostrem a quem não tem

O que vos foi oferecido.


O que é Os cornos ? Dádivas do Senhor a quem os merece.

O que é Os cornos ?

Dádivas do Senhor a quem os merece.


Os cornos têm valor

Muito mais do que parece

São dádivas do Senhor

Dados a quem os merece.


Todos deviam pensar

Quando desdenham dos cornos

Porque não analisar

O valor destes adornos.


São adornos de valor

Sabe disso quem os tem

Que os guarda com amor

Não emprestando a ninguém.


Os cornos dados por Deus

Nunca foram rejeitados

Cada qual usando os seus

E vivendo resignados.


Quem os tem está contente

Por então os possuir

Fica triste e doente

Se porventura os partir

.

Quando Deus o contemplou

Disse logo de seguida

São só estes que te dou

Para o resto da tua vida


Por estranho que pareça

Os que foram escolhidos

Vão tê-los na cabeça

Mostrá-los bem erguidos


É uma arma de defesa

Quando precisa de ser

Coisas da Natureza

Que nunca vamos entender

.

Todo o bicho que os tiver

Deve-se orgulhar

Sabendo que ao morrer

Os cornos podem ficar

.

Para mãos habilidosas

Com paciência à mistura

Fazer coisas jeitosas

Duma boa cornadura

.

Mais um significado

Um tanto ou quanto discreto

Ser contra o mau olhado

Quando o diabo anda perto

.

A mais velha superstição

A sabedoria não corta

Se avista confusão

Põe-se o corno atrás da porta

.

Só Deus sabe se está certo

Mas quem Ele não escolheu

Não se arme em Chico esperto

Que o mérito não é seu

.

O que é A inveja ? Um bicho peçonhento que ataca a todos.


O que é A inveja ?

Um bicho peçonhento que ataca a todos.

A inveja é lixada

É um bicho peçonhento

Basta só uma pitada

Rói-nos tudo cá dentro.


Com sete olhos e meio

Tem um olhar aguçado

É um bicho muito feio

Mordendo por todo o lado.


Ataca no cotovelo

No braço e antebraço

Angustiante pesadelo

Ataca todo o espaço


Por mais que se conteste

Todos têm uma pontinha

A inveja é tal peste

Que se mostra danadinha

.

Essa de ouvirmos dizer:

- Não tenho inveja de nada

É para rir a valer

Que é uma bela piada


Tantas coisas invejadas

Fazem uma lista infindável

Como agulhas espetadas

Fazem dor insuportável


Não há arma que afugente

esse bicho peçonhento

quer se tente quer não se tente

rói-nos tudo por dentro


Existir existe sempre

Às vezes adormecida

Mas se acorda de repente

Como morde enfurecida.


Ninguém se faça de santo

Com o seu arzinho de esperto

Que ela chega puxa o manto

Deixa tudo a descoberto


Deixa os olhos a brilhar

O coração a bater

Deixas as faces a corar

Não se consegue esconder


Se depara com uma surpresa

Daquelas bem visíveis

Solta a sua frieza

Faz calafrios terríveis.


Nem crianças inocentes

Escapam às suas fúrias

Os sintomas frequentes

São birras e lamurias.


Desde a idade da pedra

Há um ditado bem certo

Nem o invejoso medra

Nem os que moram lá perto.

O que é a política ? Um doce pegajoso.

O que é a política ?

Um doce pegajoso.

Vamos falar de política

Desse labirinto sem pontas

Só tem crítica sobre crítica

Deixando as pessoas tontas.


Quem de fora dessa luta

Está a observar

Só vê mixórdia absoluta

E uma rodilha a limpar.


Uma coisa foi gerada

Tanto ou quanto paralítica

Mais tarde baptizada

Com o nome de política.


Todos a queriam ver

Como se fosse um bebé

Começaram a mexer

Para descobrir o que é.


Não gostou de ser mexida

Nem por cima nem por baixo

Retorquiu enfurecida :

- Todos querem é um tacho.


Eis então que acordou

Deitou as garras de fora

E com malvadez jurou :

- Vão-me aturar agora.


Hei de ser um queixume

Do maior ao mais pequeno

Com muito muito azedume

Para alguns serei veneno.


A vingança é um prato

Que se deve comer frio

Manhosa como um rato

Então se definiu.


- Sou um doce pegajoso

Para se comer moderado

Até o mais cuidadoso

Há de sair lambuzado.


Este doce é mesmo assim

Tem muitas muitas doçuras

Quem o comer até ao fim

Há de comer amarguras.


Querem todos o poleiro.

Para subir lá no alto

Puxados pelo dinheiro

Hão de ser um desacato.


É a política malvada

A esgotar a paciêcia

Pois só se sente vingada

No meio da turbulência.


Faz melhor quem está de fora,

Só antes de lá entrar

Quando chega a sua hora

Nada consegue mostrar.


Rodopiando por fora

A nação em maioria

Enjoa-se a toda a hora

Com tanta porcaria.


Assiste-se constantemente

Num carrossel de vai e vem

Ofendem-se mutuamente

Sem respeito por nínguem.